Nos últimos anos, a pauta da saúde mental nas organizações deixou de ser um diferencial para se tornar primordialmente uma necessidade. Afinal, não é mais possível ignorar que o ambiente de trabalho impacta diretamente o bem-estar emocional das pessoas.
A partir de agora, com a atualização da NR-1, o gerenciamento de riscos psicossociais deixa de ser um cuidado opcional e passa a ser uma exigência legal. Portanto, entender o conceito de segurança psicológica — e como promovê-la nas organizações — é mais do que uma boa prática: é uma urgência.
Mas o que é segurança psicológica, afinal?
Em resumo, segurança psicológica é a sensação de que os colaboradores podem se expressar, propor ideias, admitir erros e pedir ajuda sem medo de punições ou retaliações. Ou seja, é aquele ambiente em que as pessoas se sentem livres para serem quem são, e não apenas peças de uma engrenagem produtiva.
Analogamente, um ambiente psicologicamente seguro funciona como uma base sólida que sustenta o desempenho, o engajamento e, sobretudo, a saúde emocional da equipe.
Qual a relação entre segurança psicológica e riscos psicossociais?
De fato, a segurança psicológica é um dos principais fatores de prevenção aos riscos psicossociais. Esses riscos, como se sabe, estão relacionados à forma como o trabalho é organizado e à maneira como ele afeta emocionalmente as pessoas.
Por exemplo, sobrecarga de tarefas, metas abusivas, comunicação hostil ou ausência de reconhecimento são fatores que, por consequência, afetam diretamente a saúde mental.
Dessa forma, ambientes tóxicos se tornam um terreno fértil para quadros de estresse, burnout e outros transtornos emocionais. Já ambientes que promovem segurança psicológica atuam justamente no sentido oposto: reduzem riscos, aumentam o bem-estar e criam relações de trabalho mais humanas.
O que a nova NR-1 exige das empresas?
Desde que a nova redação da NR-1 entrou em vigor, o gerenciamento dos riscos psicossociais passou a ser uma obrigação formal. Isso significa que agora as empresas devem:
- Identificar e avaliar os riscos psicossociais presentes no ambiente de trabalho
- Criar estratégias para mitigar esses riscos
- Monitorar continuamente o impacto emocional das práticas organizacionais
- Registrar todas essas ações no PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos)
Em outras palavras, não basta apenas reconhecer que o ambiente pode estar adoecendo as pessoas. É preciso agir.
Ambientes seguros não nascem prontos: eles são construídos
A fim de promover segurança psicológica e atender às exigências da NR-1, é necessário um compromisso contínuo da liderança, do RH e de toda a cultura organizacional.

Com o propósito de facilitar essa jornada, muitas empresas têm buscado consultorias especializadas, capazes de mapear riscos, propor intervenções eficazes e acompanhar os resultados.
Inclusive, o próprio processo de mapear os riscos psicossociais já é, por si só, um passo importante para ouvir os colaboradores e gerar confiança.
Por que agir agora?
Antes de tudo, é importante lembrar: ambientes que promovem segurança psicológica não apenas previnem adoecimento mental. Eles também reduzem o turnover, aumentam a produtividade e fortalecem a reputação da empresa.
Logo, adiar esse movimento é colocar o negócio — e as pessoas — em risco.
Por isso, a hora de agir é agora. Com toda a certeza, empresas que se antecipam e tratam a saúde emocional como prioridade saem na frente. Não apenas em conformidade com a lei, mas também como referência de responsabilidade e humanidade.
Quer entender como começar?
Estamos à disposição para ajudar sua empresa a construir ambientes mais saudáveis, seguros e alinhados com a nova NR-1.
Afinal, promover segurança psicológica não é só uma estratégia legal — é um compromisso com o futuro.